Clique na imagem ao lado e amplie para ver o texto publicado por Lêda Selma em 2011 e a resposta do presidente do Conselho Deliberativo do Goiás, Hailé Pinheiro. Seguem os textos:
E AGORA, “SENHORA”?
O “Verdão” na série “A”,
bicampeão da série “B”,
campeão goiano,
vice-campeão sulamericano.
E agora, “Senhora” ?
Seu derrotismo aplacou?
As luzes acenderam
a torcida vibrou,
o seu rancor acabou?
E agora, Senhora,
você que tem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
maldosos, perversos,
e agora, “Senhora”?
Sempre houve discurso,
sempre houve calor,
e as vitórias chegaram.
Retidão foi o caminho.
Liderar não é gritar,
nem tripudiar,
A série “A” chegou,
com o riso franco.
Um sonho nunca morre,
todo poeta sabe disto.
Triunfou a coragem,
o pulso firme,
também a dignidade,
entende, “Senhora”?
Seu instante de febre,
seus versos rudes,
cheios de fúria,
odiosos, arrogantes,
em busca da mídia,
inconsistentes,
morreram no mar,
longe do Goiás.
“Senhora”, e agora ?
A porta do “Verdão”
sempre esteve aberta
para o fiel esmeraldino,
que grita de esperança,
e explode de alegria!
Um sonho nunca seca,
Para quem sonha com amor.
E agora, “Senhora”?
Só quem trilha
o bom caminho,
lidera e tem apoio
p’ra seguir em frente!
Porta-voz de aloprados
ou voz solitária,
mesmo com versos,
não tem poder de comando.
Parar ou não parar é transcendente,
não depende do lider
que sonha com grandeza.
Sua diatribe é tola, “Senhora”!
Até cegos enxergam
na vibração de seus sentidos.
Por que não enxerga, “Senhora” ?
Por que tanto rancor?
O “VERDÃO” da Serra,
como família que é,
retomou seu destino de glórias,
cantado por poetas sem peçonha.
Nunca houve traças,
na nova caminhada,
e sim sacrifício e esplendor.
E agora, “Senhora” ?
Gonçalves Dias diria:
“Não chores”, Senhora
“Não chores, que a vida
É luta renhida:
Viver é lutar.
A vida é combate,
Que os fracos abate,
Que os fortes, os bravos
Só pode exaltar”
“Cada um, Drummond, tem o seu José”. A “Senhora” tem o seu.
Para reflexão da sra. Lêda Selma, autora de “E agora, “senhor”?
03/12/2012
HAILÉ PINHEIRO
Diário da Manhã
– Dia 3/12/11
E AGORA, “SENHOR”?
Lêda Selma
E agora, VERDÃO?
O campeonato acabou,
a luz apagou,
a torcida sumiu,
a esperança esfriou,
e agora, VERDÃO?
E agora, Você?
Você que tem nome,
que zomba dos outros,
você que faz gestos,
que vinga, persegue,
e agora, “Senhor”?!
Está sem discurso,
está sem caminho,
já não pode gritar,
tripudiar já não pode,
o engodo pifou,
a Série A não veio,
o sonho não veio,
o riso não veio,
não veio a coragem,
tudo secou,
a dignidade mofou,
tempo esgotado,
entende, “Senhor”?
E agora, “Senhor”?
Sua rude palavra,
seus instantes de fúria,
sua tirania e arrogância,
sua megalomania,
sua sanha por louros,
seu trono de vidro,
sua incoerência,
seu ódio, sua gana,
pois é, convenhamos,
a verdade matou.
“Senhor”, e agora?
Com a chave na mão
quis trancar a porta,
mas o esmeraldino
fez nascer o grito,
no secar do sonho
do alviverde aflito,
que sofreu demais
lá na Segundona.
E agora, “Senhor”?!
Se você parasse,
se você deixasse
o VERDÃO em paz,
se você cansasse
dessa obsessão
que sufoca e atrasa
o pobre Goiás,
mas você não cansa,
quer seguir seu tino,
você é duro, “Senhor”!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem o discurso tolo
para se escorar,
sem a mentira nua
para se safar,
só vassalos tontos
ficam ao seu lado
com o AMÉM na língua
para o louvar.
E o VERDÃO da Serra,
relegado às traças,
por sua obra e graça,
que vá se danar!
E agora, “Senhor”?
Que fuja a galope,
“Senhor” dos punhais,
este tempo triste,
marcado por nódoas,
e não se constranja
de o fazer também,
para que o VERDÃO
possa se salvar.
É agora, “Senhor”!
Cada um, Drummond, tem o seu “José”.